segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Roma Antiga

Quadro Natural

-Península itálica
-terras férteis
-rios

Povoamento

Miscigenação de indo-europeus com habitantes locais. Os etruscos formaram várias cidades- estado na região noroeste da península, desenvolvendo intensa atividade comercial.

Período da Realeza

Patrícios – poderosos, donos de terras.
Plebeus – clientelismo
Escravos – muito poucos

Roma desenvolveu-se e atraiu os etruscos. Sob seu domínio, a cidade urbanizou-se, expandiu-se. A economia romana era agro-pastoril, e o trabalho escravo era pouco significativo. Os grandes proprietários formavam uma nobreza de famílias patriarcais e tinham muitos privilégios. O restante da população livre formava a plebe. Alguns plebeus eram clientes, ou seja, prestavam serviços a
O governo era monárquico e expressava o predomínio aristocrático. O rei eleito exercia o comando militar, judicial e religioso vitaliciamente, mas seu poder era limitado pelo Conselho e pela Assembléia. O Senado (Conselho dos Anciãos) era composto por chefes de famílias patrícias: detinha o poder legislativo e tinha direito de vetar as propostas aprovadas pela Assembléia. A Assembléia (Comício) reunia cidadãos (patrícios e plebeus livres em idade militar, capazes de se armar à própria custa), agrupados em tribos territoriais. O número de tribos patrícias era maior que o de plebéias, e o órgão era apenas ratificador.

Período da República Aristocrática

Em 509 a.C., com a saída dos etruscos, foi deposta a monarquia, pois a aristocracia se sentia ameaçada com todo o poder nas mãos de apenas uma pessoa.
O Senado continuou vitalício e patrício, como o órgão político mais importante.
-Ditador: magistrado escolhido pelo senado, para governar em casos de crise, apenas durante seis meses.
Para votar as leis e os magistrados, os cidadãos eram organizados em centúrias, de acordo com a sua capacidade de armamento. Por serem mais ricos, os patrícios formavam um número maior de centúrias e sempre acabavam com a palavra final da Assembléia.
Magistrados:-cônsules: exército, leis, antigas funções reais.
-pretores: judiciário.
-censores: faziam o censo.
-questores: finanças.
-edis: conservação pública.
Roma começou a se expandir, para ganhar mais terras e satisfazer a população em crescimento. A ampliação de terras fez crescer a produção e a mão-de-obra escrava. O comércio intensificou-se e alguns setores enriqueceram. Internamente, os conflitos entre patrícios e plebeus eram constantes, pois os primeiros ganhavam desigualmente. Os plebeus utilizaram seu poder no exército (eram a grande massa que o formava) para abolir privilégios da aristocracia.
– Lei das Doze Tábuas: publicação das leis.
– Lei Canuléia: casamento entre patrícios e plebeus.
– Lei Licínia Séxtia: limitar as terras do ager publicus e proibir a escravidão por dívidas.
– Tribunato de Plebe: órgão político formado por plebeus.
Na teoria, havia uma certa isonomia, porém, os patrícios faziam de tudo para monopolizar a política.

*Formação do Império Romano:
- Expulsam os etruscos e conquistam a península itálica.
- Guerras Púnicas: contra Cartago. Roma toma o Mediterrâneo Ocidental e se fortalece. Fica sem rivais.
-Conquista do Mediterrâneo Oriental.
-Homens novos: plebeus que enriqueceram durante a formação do império.
Formaram-se latifúndios escravistas, que causaram a ruína dos pequenos proprietários (que compunham o exército). Esses foram para o centro urbano e formaram a plebe urbana miserável.
Os plebeus queriam terra e trabalho, os homens novos, igualdade política, e as populações aliadas, a cidadania.

*Crise da República / Pequenos Proprietários
-desaparecimento da pequena propriedade
-patrícios adquirem cada vez mais terras.

*Tibério Graco
- Lei agrária: estabeleceu um limite para a posse de ager publicus, para restabelecer a camada de pequenos proprietários – preservar o exército – e salvar a República. Foi apoiado pela plebe, mas assassinado pela aristocracia.

*Caio Graco
-Implantar a lei agrária, com colonização fora de Roma.
-Lei Frumentária.
-Cidadania para povos aliados.
Sua única proposta aceita foi a da Lei Frumentária.

A crise aprofundou-se e tornou-se política.

*Mário
-manipulou a plebe com o poder pessoal.
-exército pessoal remunerado.

*Fim da República – o comando foi dividido entre três generais.
No 1º triunvirato, César foi assassinado por tornar-se ditador.
No 2º triunvirato, Otávio voltou triunfante do Egito, com muitas riquezas.

Período do Império

Otávio fundou o Império e o Principado – na teoria, era republicano, pois manteve o senado e a assembléia, porém, o “augusto” detinha todos os poderes. Todas as camadas sociais apoiavam Otávio.
Reformas internas: organização da política e da justiça para manter a centralização do poder; pão e circo: forma de tirar a plebe da política; exército profissional remunerado. Ou seja, agradou todas as classes sociais, para manter-se no poder.
Reformas externas: controle dos impostos abusivos; pax romana: conjunto de medidas para controlar os povos dominados.

*Apogeu
-Economia: trabalho escravo; intensa atividade comercial e circulação de moedas; villas: latifúndios escravistas monocultores para mercado; Roma tornou-se o centro das rotas comerciais.
-Política: principado; estado autoritário; ausência de democracia.
-Sociedade: aristocracia elitizada; mobilidade censitária; cidadania dos povos aliados.

*Crise do século III
Durante o século III, Roma encerrou sua política expansionista e teve um período de paz. Essencialmente sustentada pela política imperialista e pelo uso intensivo de mão-de-obra escrava, a economia romana não resistiu ao impacto que se seguiu ao encerramento das conquistas. O comércio regular de escravos já não tinha como satisfazer sua demanda, o que resultou no aumento de preços. O encarecimento da mão-de-obra, por sua vez, significava o aumento dos custos de produção, fazendo com que essa decaísse drasticamente e que os produtos alcançassem preços cada vez mais elevados. O Estado passou a recorrer à elevação dos impostos e à desvalorização da moeda: as cidades ficaram dasabastecidas e a plebe urbana ficou mais miserável. Os latifundiários passaram a arrendar parcelas de suas terras a colonos, recebendo em troca parte da produção. Esse sistema foi chamado de colonato. Os impostos passaram a ser pagos em gênero, assim como o salário do exército, o que gerou uma anarquia militar. Aproveitando a fraqueza das fronteiras, os germanos atacavam Roma. Houve um êxodo urbano porque as cidades ficaram perigosas. Lei do Colonato: fixação dos trabalhadores, para cobrar mais impostos.